Antologia de poemas (I)
Por Bernardo Buarque de Hollanda
Portela
De uma estrela celeste surgiu
Os ares a águia cortou
Com sua pluma cor anil
À sombra de Oswaldo Cruz pousou.
O olhar de Paulo luziu,
Em azul se despetalou.
Até uma pastora a seguiu,
Para cantar a proeza de seu voo.
Lágrima na poeira
Brotou uma lágrima de um pequenino olhar.
Escorreu, escorreu, caiu…e feneceu,
Umedecendo a terra.
Passou uma manada de bois conduzida por um vaqueiro,
Cuja sela de couro é toda ornada de estrelinhas.
Levantou e revolveu a poeira.
Súbito, avista-se de novo a lágrima,
Pisoteada, mas indolor.
Renasceu!
Cachoeira
Os fios de sol esparramam-se no cabelo ondulado.
Aneladas, escorrem as mechas sobre as costas,
Os ombros, o peito,
Adelgam a pele, a face, os olhos.
Iara tem os cabelos cacheados,
E uma cachoeira no coração…
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