Ansiedade musical
Por Silvia Goes
O que leva alguém a pensar que deveria fazer tudo mais rápido, ou mesmo que as coisas deveriam acontecer mais rápido?
Talvez isso seja adequado em algumas situações, mas certamente não na música.
A construção necessária para que uma boa música aconteça exige do instrumentista tempo de reflexão, percepção, aperfeiçoamento de sua técnica e, principalmente, compreensão sobre o som que está querendo expressar.
Embora a frase "estar alegre com o que faz" seja muito utilizada atualmente e, de certa forma, até mesmo bem recebida, poucas são as pessoas que acreditam de fato que ela seja fundamental para a obtenção de um bom resultado.
Então o músico deve acrescentar mais esse item aos inúmeros que ele já mantém para realizar um bom trabalho.
O formato atual do mercado musical não deixa muito claro qual caminho um jovem músico deve seguir. E, de certa forma, acho que isso não deve ser visto como um impedimento ou um problema para quem se inicia na carreira. Ao contrário, é apenas um fato que ajuda esse jovem a conduzir seu pensamento em direção ao que sente. A possibilidade de fazer música porque ela traz satisfação e não por agradar ao mercado é extremamente saudável para o artista.
Reflita sobre a qualidade de seus pensamentos quando está compondo, ou estudando para tocar um tema: verifique se você está seguro do que quer; se o que está fazendo é o seu desejo. Lembre-se que tocar o que o outro toca, com o objetivo de obter o sucesso atingido pelo outro, é uma ilusão, uma armadilha.
Não corra, não tenha pressa, evite esse tipo de ansiedade.
Quando tocamos de maneira impecável, quando mostramos o quanto gostamos e acreditamos no que estamos fazendo, já atingimos o sucesso.
Edição Filipe Dal'Bó e Samy Dana
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