Absenteísmo e alto turnover: como reduzir estes índices para 2015?
Por Karina Cassiano.
Antes de pensarmos em redução destes índices, acredito que vale a pena refletirmos sobre o Brasil de hoje!! Quem são estes colaboradores que faltam ou se desligam tão rápido das empresas sem ao menos dar chance das mesmas se apresentarem ou de conhecer as oportunidades do novo desafio?
Segundo o Ministério de Educação, a taxa de escolarização registrou avanços em todas as faixas etárias. Em outra coleta de dados, o TSE divulgou que houve aumento no número de pessoas com ensino superior completo e incompleto e médio completo e incompleto. Os dados mostram que em 2014 de 142,8 milhões de brasileiros, 5,6% (8 milhões) terminaram a graduação número que representa um aumento de 2,8 milhões de pessoas se comparado a 2010.
O número de pessoas com superior incompleto também subiu em relação a 2010 – aumento em 1,5 milhão, passando de 2,7% para 3,6%. O número de cidadãos com ensino médio completo aumentou em 5,9 milhões de pessoas de 13,1% para 16,6%.
Estes dados são animadores. Notamos que o Brasil mudou o perfil de sua Mão de Obra, onde, os Brasileiros estão estudando mais, se tornando tecnólogos, bacharéis e pós graduados com mais oportunidades e recursos, avanço que as gerações anteriores em sua grande maioria não tiveram. Em conjunto a especialização, vem o desafio das empresas, de se tornarem atrativas para atender às expectativas desta nova geração de Brasileiros que desejam cargos com possibilidade de crescimento e remuneração de acordo com seu investimento em formação acadêmica.
Dei enfase a estes percentuais para falarmos sobre um estudo global da Towers Watson que revela números preocupantes e que se traduz em Tournover: apenas 28% da força de trabalho no Brasil é altamente engajada. Entre os demais, 30% estão desengajados, 26% se sentem sem suporte por parte das empresas e 16% estão desvinculados de suas companhias. "Esse resultado é bastante crítico. Se considerarmos que as empresas hoje buscam um engajamento sustentável, isto é, que assegure uma alta performance e um comprometimento de longo prazo, esses números mostram que as empresas estão bastante vulneráveis," explica Carlos Ortega, Consultor Sênior da área de Pesquisas com Empregados da Towers Watson no Brasil.
Em 2015, o desafio de todas as empresas será o crescimento e aumento do lucro sustentável. Acompanhamos diariamente os especialistas, destacando que a economia e os créditos estão retraídos, a parcela de brasileiros endividados cresceu em Agosto deste ano, chegando a 63,3% da população, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Então em 2015 teremos um aumento de MO qualificada, formada e infelizmente desvinculadas a este Mercado, que nos mostra desafios antes não vivenciados por muitos. Então nos perguntamos: como entregar estas metas com o alto absentismo e turnover?
Seguem alguns questionamentos / pontos que muitos profissionais de RH debatem e que se colocados em prática podem auxiliar neste grande desafio de redução dos indices de Absenteísmo e Turnover:
– Limpeza e Higiene: Um local com limpeza e higiene em dia evita que as pessoas adquiram alguns problemas de saúde, como viroses, dermatites, comprometimento das vias respiratórias, entre outros. Como está a satisfação de seus colaboradores com a limpeza? Quantos colaboradores se afastaram ou tiveram faltas pelos problemas de saúde citados? Será que este numero alto esta relacionado a limpeza da empresa?
– Estrutura da empresa – Prevenção de acidentes: Sua empresa é segura para o colaborador? Todos os pontos que podem gerar acidentes foram saneados? Muitos dos acidentes ou insegurança na função são causadas pela estrutura das próprias empresas. O colaborador está preparado, foi treinado para operar aquela maquina?
– Comunicação: O colaborador conhece as metas e desafios da empresa? Conhece o que a empresa espera dele? Sabe como seu rendimento/produtividade vai impactar no crescimento, desenvolvimento próprio e dos colegas de trabalho?
– Segurança: Como esáa a segurança do colaborador para chegar e sair da empresa até o transporte público ou veiculo? É politica da empresa ter segurança privada nas redondezas quando há riscos?
– Alimentação: Há estrutura para uma alimentação saudável e equilibrada na empresa ou na redondeza? O beneficio é adequado à demanda da região?
– Transporte: Como a maioria dos colaboradores chega à empresa? É o caso de implantar um fretado?
– Reconhecimento: Há um plano de carrerira real onde anualmente o colaborador é avaliado e cresce (conhecimento e remunerção) se sentindo parte da engrenagem?
– Clima organizacional: Há uma preocupação real no clima que cada colaborador chave está locado na empresa? Caso não tenha se adaptado àquela função / departamento, é possivel um Job Rotation? Os líderes são admirados e focados em manter a equipe motivada ou é tirano e tem auto índice de rejeição? Você ouve os colaboradores para ter a opinião de dia a dia da equipe realizando as pesquisas de clima? E quando as tem toma ações de correção para não gerar descredito de que a pesquisa não é efetiva?
– Novas competências: Há planos de incentivo para cursos e formação de novas competências?
– Doenças: Há um acompanhamento deste colaborador para acolhimento e verificar se a empresa pode colaborar com a rápida recuperação (principalmente em casos de estafa, depressão e stress)? Há incentivo à alimentação saudável e pratica de atividades físicas / laborais?
Acredito que com esta reflexão podemos encontrar Gaps. Agindo na correção, haverá redução significativa destes índices.
Afinal, um time engajado levará a um aumento significativo de chances de conquista das metas para 2015!!
Bom trabalho ao Brasil neste novo ano!
Fontes:
Edição: Samy Dana e Octavio Augusto de Barros.
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