A imagem do som
Por Silvia Goes.
Podemos imaginar um som a partir de qualquer referência – ele pode ser agradável, irritante, intenso, esquisito, enfim, depende somente da nossa sensação e imaginação. No entanto, não conseguimos imaginá-lo apenas como um som sem imagem, sem sensação.
Essa interligação que ocorre no cérebro está localizada em uma área tão profunda que não temos acesso tão facilmente. Nosso comentário sobre um som está sempre associado a um movimento interno do qual podemos estar ou não conscientes. Em outras palavras, nomear a sensação de um som pode ser algo totalmente revelador.
Essa afirmação surge a partir da evidência de que um mesmo som pode ser agradável em um momento e desagradável no momento seguinte.
Tudo isso, no entanto, só importa quando você se empenha em classificar os sons que ouve ou toca. Faça um passeio por todos eles, buscando simplesmente ouvi-los. É bom lembrar que reconhecemos apenas doze sons (as chamadas notas musicais) e que as combinações são infinitas, inimagináveis para nossa capacidade cerebral.
Não se deixe abalar por um acorde muito simples, nem por um acorde muito cheio – complexo. Essas sensações podem estar apenas saindo do seu interior, por isso confira antes se o problema está na seqüência harmônica apresentada ou na sua interpretação sobre ela.
É excelente a autonomia que temos para formar uma imagem do som que ouvimos, mas para que essa imagem corresponda ao que estamos sentindo é preciso atenção, desprendimento, e reconhecimento de que naquele momento resolvemos estreitar nosso relacionamento com a música.
É mais ou menos como a decisão de casar ou não! É ótimo, mas merece um cuidado especial para realmente ser ótimo.
Edição: Samy Dana e Octavio Augusto de Barros.
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