Para os Céticos, uma Dose de Aventura
Por Joana Cantanhede.
Recentemente, conversando com amigos, fiquei sabendo que o cérebro é o único responsável por criar nossa realidade. O que vemos, acreditamos e sentimos depende dele e nossa percepção da realidade também. Foi ai que me intriguei pela possibilidade de crer nas mais diferentes realidades, e como a arte tem impacto nisso.
Clássicos e famosos, os textos (que viraram filmes) de Júlio Verne e Dan Brown, dão vida e verossimilhança às mais improváveis histórias. Imagine, viajar por dentro da Terra, encontrar um mundo novo, bem debaixo dos nossos pés, ou ainda, descobrir um meteoro cheio de fósseis extraterrestres no Ártico! Para a ciência, é algo um tanto quanto improvável, mas para nossa mente, até parece possível.
Por mais que o homem moderno busque sempre fundamentos para suas crenças e tenha sempre um respaldo científico para suas afirmações, há certos textos que nos fazem duvidar de nós mesmos, de nossas fés mais arraigadas.
John Boyne é mais um para a lista de criadores de realidades. Suas viagens históricas por mares e ilhas recém descobertas nos deixam a vontade de voltar no tempo, experimentar a época e viver a aventura. Por tempos de calmaria e mar bravo, o autor nos aproxima da dificuldade que era explorar o mundo em séculos passados. Entrelaçando sua obra com histórias do capitão Cook, traz à tona a eterna incerteza da existência deste desbravador de mares.
Em Sherlock Holmes, então, sobram exemplos. Explorador astuto, herói, gênio da dedução, confunde leitores de todas as épocas e idades nos fazendo acreditar na existência desse homem brilhante. Suas histórias, improváveis mas possíveis, montam uma realidade tão convidativa que nos faz querer fazer parte daquela investigação.
E não podemos negar que ao final de um livro desses, colocamos o ceticismo de lado e nos deixamos levar, ao menos um pouco, pela imaginação. Quem nunca acabou de ler um Harry Potter sem acreditar, pelo menos lá no fundo, na existência de Hogwarts e do Beco Diagonal?
Hoje, com a verossimilhança dos filmes e seus avanços tecnológicos incríveis, acreditar nas ficções ficou ainda mais fácil. Não é incomum nos pegarmos considerando a possibilidade de um dia o homem voar, da existência de outros mundos com pessoas grandes e azuis, na possibilidade de termos poderes mágicos ou na existência de ilhas isoladas e assombradas.
Ler um livro de aventura pode nos levar a outras realidades e até deixar marcas futuras. Acabamos, muitas vezes, perdendo parte do ceticismo para acreditar em pequenas possibilidades da existência de outras realidades, de outros fins. Se quer entender bem como é isso, um pouco de C.S. Lewis (As Crônicas de Nárnia) pode ajudar. Acreditar num mundo novo, cheio de aventuras, magias e impossibilidades parece bobo, mas nos muda por dentro e nos faz mais criativos, mais felizes e mais sonhadores. Para quem busca uma abstração, uma resposta ou apenas uma inspiração, uma aventura é uma boa dica.
Edição: Samy Dana e Octavio Augusto de Barros.
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