O que é a Economia Criativa e por que é importante.
Aqui no GVCult falamos tanto de criatividade e afins, mas o que lhe vem em mente quando falo sobre Economia Criativa? Guardar dinheiro de forma inusitada? Talvez um modelo macroeconômico diferente?
O termo "Economia Criativa" foi utilizado em 2001, pelo pesquisador inglês John Howkins em seu livro The Creative Economy. Howkins a define como:
"o primeiro tipo de economia na qual imaginação e genialidade decidem o que pessoas querem fazer e criar, e o que elas querem comprar".
É o setor da economia na qual o conhecimento, a criatividade e o capital social são a principal matéria-prima para a criação, produção e distribuição de bens e serviços (Howkins 2001). Um exemplo: escritor, que através de seu intelecto criativo, habilidades com a palavra, imaginação e contatos, publica um livro. As vendas desta obra e todo o efeito multiplicador que suas vendas tem na economia (como lucro das livrarias, salários dos empregados dessas livrarias, editoras etc…) podem ser considerados como efeitos da Economia Criativa.
De acordo com estimativas do autor, a Economia Criativa movimentava mundialmente U$ 2,2 trilhões em 2000 e cresceria anualmente 5%. Ela é atualmente considerada uma poderosa força transformadora em nível mundial e um dos setores da economia de diversos países com maior crescimento, não apenas em termos de geração de renda e na criação de empregos, mas também em ganhos na exportação, quando essas obras criativas são compradas por estrangeiros. O momento que um brasileiro compra um livro do Harry Potter, estamos importando da Inglaterra os produtos de sua Economia Criativa.
Operando nessa Economia Criativa, temos as Indústrias Criativas. Elas se referem a um conjunto de atividades preocupadas com a produção e exploração de conhecimento e informação. Existem diversas e diversas teorias que buscam indicar quais são as Indústria Criativas, mas dentro da classificação da FIRJAM, que realizou um estudo sobre as Indústrias Criativas do Brasil, exemplos evidentes no nosso país são:
Todas estas "áreas" contribuem em diferentes medidas num nível cultural ou econômico. As produções da Indústria Criativa estão focadas na geração de valor econômico como objetivo primário e geração de valor artístico/cultural num objetivo secundário, mas igualmente relevante. Filmes da Marvel obviamente tem um objetivo principal de lucrar com bilheteria, mas é inegável o impacto causado pelos super-heróis na cultura pop.
Conceitos muito semelhantes a esse que eu apresentei foram a base que o Governo chileno adotou para desenvolver as ações para a Economia e Industria Criativa, dentre eles o Santiago Creativo. Assunto que trataremos num próximo artigo! Mas não se esqueça que ao comprar artesanato na paulista, ou assistir ao filme dos Vingadores, você está consumindo produtos criativos e movimentando a Economia Criativa.
Texto e edição: Enrique Shiguematu
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