Por Silvia Goes. 

"Era uma vez um menino apaixonado pela música…"

Assim é como sempre começam as historias dos grandes músicos, porque a paixão vem de criança mesmo. É muito diferente começar a gostar depois, durante a vida. É comum, mas causa outro tipo de efeito.

Os sonhos são embalados pelo som, mesmo que quem esteja sonhando não perceba, e quando o sonho é relacionado com a música, essa propriedade cria uma extensão bem maior.

Já conheci pessoas que se esqueceram de que seus sonhos estavam relacionados com a música e deixaram de lado esses sons. Muitas vezes, depois que essas pessoas crescem, nem se lembram de verdade como eram seus sonhos, ou o som que eles tinham.

Defendo a teoria de que se somos feitos de som, não pode existir alguém que não seja musical. Mas concordo que muita gente desconsidera tanto a música que talvez seja necessário nascer novamente para reconhecer seu som. Percebo que todos admiram aquele amigo que nunca estudou e toca de ouvido. Admiramos principalmente porque parece muito mais fácil tocar de ouvido do que estudar para depois tocar – aprender aqueles símbolos estranhos e complexos… Mas esquecemos que aquele autodidata passa horas e horas no instrumento buscando pelas notinhas que ele tem na cabeça. Acreditem, é um trabalhão! Porém, dá certo: ele encontra e finalmente se realiza.

Nessa altura, você pode dizer que nem mesmo tem um instrumento, e então eu proponho a prática da imitação, que é procurar internamente pelas notinhas, que certamente, sendo ouvidas ou não, estão lá dentro clamando por um pouco de atenção.

É gostoso, relaxante, faz bem à saúde mental e física e não tem nenhuma contra indicação! Buscar as notas musicais que estão povoando seus pensamentos só faz bem.

Entre para esse clube! Seja um caçador de notas e descubra o músico que vive dentro de você!

Edição: Samy Dana e Octavio Augusto de Barros.